As Mesas Girantes
França, 1850: no início deste ano, surgiu no país europeu uma brincadeira que atraía nobres da sociedade parisiense. Acostumados às festas de salões, muitos franceses passaram a divertir-se com as chamadas "mesas girantes ou falantes".
Tratava-se de mesinhas redondas, sobre as quais certas pessoas colocavam suas mãos e instantaneamente estes móveis começavam a girar e dar saltos, sem que ninguém fizesse alguma força.
Tudo parecia um fenômeno magnético, ou seja, produto de algum tipo de poder mental dos que se dispunham a brincar. O fenômeno então começou a ganhar proporções maiores e espalhou-se por outros países da Europa, chegando também na América. Desenvolveu-se uma forma de "conversar" com as mesinhas. Através de pancadas no chão, produzidas com os pés do objeto, formou-se um código alfabético, onde uma pancada seria a letra a; duas, a letra b, e assim sucessivamente. Basicamente, as perguntas eram sobre futilidades, que em nada ajudavam a entender o que estava ocorrendo.
Foi então que uma senhora, chamada Emília de Girardim, veio a desenvolver um método de contato, que consistia de uma mesa que se movia ao redor de um eixo, lembrando uma roleta. Sobre a mesa, letras do alfabeto eram colocadas em círculos, além de números e os termos sim e não. No meio desta circunferência, havia uma agulha ou mesmo um ponteiro metálico, e então as pessoas envolvidas colocavam suas mãos sobre a borda da mesa. O móvel passava a girar, parando sob o ponteiro metálico a letra do alfabeto que viria a formar uma frase desta força invisível.

O efeito mais simples, e um dos primeiros que foi observado, consiste no movimento circular imprimido a uma mesa. Este efeito se produz sobre todos os objetos igualmente; mas sendo sobre a mesa que mais se o exerce, por ser mais cômodo, o nome de mesas girantes prevaleceu para a designação desta espécie de fenômeno.
Quando o efeito começa a se manifestar, escuta-se, geralmente, um pequeno estalido na mesa; sente-se como um frêmito que é o prelúdio do movimento; ela parece fazer um esforço para se desatracar, depois o movimento de rotação se pronuncia; ele se acelera ao ponto de adquirir uma rapidez tal que os assistentes fazem todo o esforço do mundo para o seguir.

2 comentários:
Nosso estudo, dentre outros, abordou as revelações do séc. XIX relacionadas as mesas girantes, bem como a concordância das revelações nos mais variados recônditos do planeta e suas singulares formas de comunicação, que mais tarde tomaríamos como referência à faculdade mediúnica. Na finalidade de nos trazer mais tarde à Esta, que hoje chamamos de Doutrina Espírita, o processo de pesquisas fez-se necessário, a fim de que hoje tomados pelo juízo de valor, não aceitemos a causa sem o proveito da fundamentação lógica, que só ao homem pesquisador conduz.
Jamais devemos prescindir, de que o que estamos estudando à luz da Doutrina Espírita, tem em todo Pentateuco Kardequiano os tríplices aspectos, onde uma obra complementa a outra, fazendo com que da ciência abordada nas nossas acanhadas presunções filosóficas, encontremos a moral como repositório de luz em nossas veredas carmicas¹ .
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¹ Do sânscrito, efeitos de nossas causas pregressas.
Muito interessante, parabéns.
Abraço
Jeferson
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